UNIVERSIDADE METODISTA DE SÃO PAULO
SISTEMA DE BIBLIOTECAS “Dr. JALMAR BOWDEN”
NOEME VIANA TIMBÓ[1]
FERNANDA ANGELIERI2
MANUAL PARA PROJETO DE PESQUISA:
SEGUNDO ABNT NBR 15287 jan. 2006
SÃO BERNARDO DO CAMPO
2011
O PROJETO DE PESQUISA
REGRAS GERAIS DE APRESENTAÇÃO:
O Projeto de Pesquisa deve ser um roteiro para a
elaboraç ão de pesquisa em uma
determinada área, que possibilita a produç ão
do conhecimento e sua sistematizaç ão
sobre o tema específico a ser abordado. O tema deve constituir-se no objeto de
estudo da pesquisa. A indicaç ão do
tema da pesquisa é o primeiro passo da elaboraç ão
do projeto.
-
O tema deve ser exposto de forma clara, apenas
indicando o objeto a ser estudado.
Para
realizar o trabalho de investigaç ão
científica o pesquisador deverá definir e explicitar o tema ou objeto de
análise de forma clara e direta. A delimitaç ão
do foco da pesquisa implica em situar o tema espacial (delimitaç ão geográfica) e temporalmente (período proposto
para a pesquisa), de acordo com o contexto geral da sua área de trabalho, assim
como deve apresentar, já nesse momento, uma indicaç ão
do problema que será discutido acerca do tema.
Deve-se ter consciência que esta delimitaç ão
será a base para tornar a pesquisa efetivamente viável. Assim, quanto mais
circunscrita for a delimitaç ão,
apontando para um rumo precisamente delineado, maior a possibilidade da
pesquisa desenvolver algo realmente novo, que interesse o leitor já à primeira
vista.
O
Projeto de pesquisa deve ser escrito de forma tal que pessoas não especialistas
no tema, tais como as equipes
das agências financiadoras ou organismos de política de
pesquisa possam compreender os
argumentos apresentados. Se for necessário utilizar
termos muito especializados,
estes devem ser definidos. Evitar uma linguagem pesada que
dificulte a compreensão das
idéias desenvolvidas pelo proponente.
Nesse
mesmo sentido, tomar em consideraç ão
que o especialista a quem será
encaminhado o projeto, deve ler
muitos outros projetos. Se a redaç ão
é longa, complexa,
desordenada, pouco clara,
pedante e com erros ortográficos ou gramaticais, o especialista
poderá até abandonar a leitura.
Uma redaç ão sintética, bem feita, é sinal de que o autor tem
idéias bem claras e
precisas do que pretende fazer.
As probabilidades do projeto ser aprovado aumentarão.
FORMATAÇÃO DO PROJETO
Os textos devem ser apresentados em papel branco,
formato A4, digitados no anverso das folhas ( frente do papel), impressos em
cor preta, podendo utilizar outras cores somente para as ilustraç ões.
O projeto gráfico é de responsabilidade do autor da
pesquisa.
A fonte recomendada para a digitaç ão é tamanho 12 para todo o texto, sendo que as
citaç ões com mais de três linhas
devem ser digitado com tamanho menor e uniforme, além de ter o recuo de 4cm da margem esquerda.
Todo o texto deve ser digitado com o espaç o entrelinhas de 1,5.
Os títulos das subseç ões
devem ser separados do texto que os precede ou os sucede por dois espaç os 1,5 (dois ENTER
total = 3cm)
Os títulos sem indicativo numérico ( sumário,
referencias, apêndices e anexos) devem ser centralizados.
As citaç ões
devem ser de acordo com as normas da ABNT
ESTRUTURA DO PROJETO
DE PESQUISA
IDENTIFICAÇÃO ( caso seja necessário )
Área/Linha de Pesquisa:
Grupo de Pesquisa:
Departamento:
Campus Universitário:
Faculdade/Instituto:
Período de Execuç ão:
Titulo: identificados na capa
e na contra-capa
Introduç ão:
Justificativa:
Objetivo: (Objetivos
Gerais, Objetivos Específicos)
Fundamentaç ão ou Referencial Teórico:
Metodologia (Materiais
e Métodos, Hipóteses ou Questões Problemas)
Cronograma
Resultados Esperados:
Referencias
Apêndices
Anexos
( MODELO DA CAPA)
UNIVERSIDADE METODISTA DE SÃO
PAULO
Faculdade de Administraç ão e Economia
Curso de Administraç ão
(TÍTULO DO PROJETO)
Nome do aluno:
Orientador:
São Bernardo do Campo
Junho de 2010
(MODELO DA CONTRA-CAPA)
(TÍTULO DO PROJETO)
(NOME DO ALUNO)
Projeto de Pesquisa do Curso
de Administraç ão da Faculdade de Administraç ão e Contabilidade apresentado ao Comitê de Ética
em Pesquisa em seres humanos da Universidade
Metodista de São Paulo.
São Bernardo do
Campo
Abril de 2011
(MODELO DO SUMÁRIO)
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ?
2 JUSTIFICATIVA ?
3 OBJETIVOS ?
4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.......................................................................................... ?
5 METODOLOGIA ?
6 CRONOGRAMA ?
7 RESULTADOS ?
REFERÊNCIAS ?
APÊNDICES ...........................................................................................................................?
ANEXOS
................................................................................................................................?
RESUMO
Apresentar
sucintamente uma introdução ao assunto, o objetivo da pesquisa e os materiais e
a metodologia a serem empregados. O resumo deve ocupar preferencialmente, uma
página.
1
INTRODUÇÃO
(O QUE SERÁ ESCRITO?
Inicie dizendo qual é o seu objeto de estudo, o seu tema. O tema já deve
trazer, em sua descriç ão, o problema.
Apresente genericamente a gênese do problema, o contexto do problema, sob o
ponto de vista sócio-cultural, da história, do Direito, ou de outro aspecto que
permita situar o problema que pretende investigar em sua inter-relaç ão com a sociedade. ( O pesquisador não se
posiciona sobre o tema, apenas reproduz sua realidade.).
2 JUSTIFICATIVA
Podem
estar envolvidos na Justificativa as possibilidades que o projeto tem para ser
desenvolvido levando-se em consideraç ão
a sua própria carga de experiências e níveis formativos, que auxiliem
demonstrar que você é o pesquisador ideal para desenvolvê-la.
Como
a Justificativa nada mais é que “convencer o outro”, é importante o pesquisador
colocar-se na posiç ão de alguém
alheio à pesquisa para analisar os motivos pelos quais seria levado a ler tal
estudo. Assim, é importante realizar também conexões do seu tema a outras
pesquisas, bibliografias, descobertas recentes, em funç ão
de que a importância do tema a ser trabalho, cresce á medida que consigamos
ligá-lo ao mundo externo.
3 OBJETIVOS
A apresentaç ão
dos objetivos varia em funç ão da
natureza do projeto. Nos objetivos da pesquisa cabe identificar claramente o
problema e apresentar sua delimitaç ão.
Apresentam-se os objetivos de forma geral e específica.
O
objetivo geral define o que o pesquisador pretende atingir com sua investigaç ão.
Os
objetivos específicos definem etapas do trabalho a serem realizadas para que se
alcance o objetivo geral. Podem ser: exploratórios, descritivos e explicativos.
Assim, deve-se sempre utilizar verbos no infinitivo para iniciar os objetivos:
·
Exploratórios (conhecer, identificar, levantar,
descobrir)
·
Descritivos (caracterizar, descrever, traç ar, determinar)
·
Explicativos (analisar, avaliar, verificar,
explicar)
Este
é o único capítulo de todo o Projeto que deve aparecer na forma de tópicos, ao
contrário dos demais que deverão ser apresentados em texto cursivo e
problematizado. Assim, ele é geralmente curto, e não deve conter muitos
objetivos, especialmente em
Ciências Humanas , pois poderá desvirtuar a pesquisa para
meandros que não se conseguirá alcanç ar.
4 FUNDAMENTAÇÃO
TEÓRICA (ou Revisão de Literatura)
Consiste em apresentar um resumo do que já foi escrito
sobre o tema. Uma pesquisa não parte do zero, por isso o pesquisador deverá
fazer uma pesquisa prévia sobre o que já foi escrito sobre o tema sobre o qual
pretende estudar.
Mesmo
que seja uma pesquisa de campo inédita, que avalia uma situaç ão concreta desconhecida em um dado local, alguém
ou um grupo, em algum lugar, já deve ter feito pesquisas iguais ou semelhantes,
ou mesmo complementares de certos aspectos da pesquisa pretendida. Uma procura
de tais fontes, documentais ou bibliográficas, torna-se imprescindível para que
não haja duplicaç ão de esforç os.
A
citaç ão das principais conclusões a
que outros autores chegaram permite salientar a contribuiç ão
da pesquisa realizada, demonstrar contradiç ões
ou reafirmar comportamentos e atitudes.
·
A literatura indicada deverá ser condizente com
o problema em estudo.
·
Citar literatura relevante e atual sobre o
assunto a ser estudado.
·
Apontar alguns dos autores que serão
consultados.
·
Demonstrar entendimento da literatura existente
sobre o tema.
5 METODOLOGIA
(COMO
FAZER? COM QUÊ? QUANDO? O QUE? COM QUEM? ONDE?)
Material
Deverão ser descritas as características da população a
ser estudada, justificativa para uso de grupos vulneráveis, número de sujeitos
de pesquisa no local e global (em projetos multicêntricos), critérios de
inclusão/exclusão, planos de recrutamento dos sujeitos de pesquisa e fontes de
material.
É importante frisar que se
tratando de um projeto de pesquisa a ser enviado ao CEP-UMESP, deverá ser
abordado que o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) será entregue
aos sujeitos de pesquisa que comporão a amostra (população a ser estudada),
sendo que este documento deverá estar em anexo. Adicionado a isto, deverá
constar a informação de que o TCLE deverá:
1-
Ser elaborado em
duas vias, sendo uma retida pelo sujeito da pesquisa ou por seu representante
legal e uma arquivada pelo pesquisador responsável; e
2-
O sujeito de pesquisa ou
seu representante legal, quando for o caso, deverá rubricar todas as folhas do
TCLE, apondo sua assinatura na última página do referido Termo. Além disso, o pesquisador responsável deverá
da mesma forma rubricar todas as folhas do TCLE, apondo sua assinatura na
última página do referido Termo.
(Ofício Circular n°
017/2011/CONEP/CNS/MS)
Métodos
A metodologia da pesquisa num
planejamento deve ser entendida como o conjunto detalhado e
seqüencial de métodos e técnicas científicas a
serem executados ao longo da pesquisa, de tal modo
que se consiga atingir os objetivos
inicialmente propostos e, ao mesmo tempo, atender aos critérios
de menor custo, maior rapidez, maior eficácia
e mais confiabilidade de informaç ão
(BARRETO;
HONORATO, 1998).
As hipóteses serão fundamentais nesse momento porque
indicarão ao pesquisador, ainda sem o conhecimento devidamente aprofundado
sobre o tema, ávido por respostas, a selecionar os meios mais adequados para
obter indicaç ões e/ou conclusões
acerca das suas indagaç ões.
A metodologia compreende ainda na indicaç ão de como será feita a análise do material
pesquisado ou do tipo de análise que será efetuada: seletiva, crítica ou
reflexiva, descritiva, analítica etc.
Na pesquisa documental ou de campo é necessário ainda
delimitaç ão e descriç ão (se necessário) dos instrumentos e fontes
escolhidos para a coleta de dados: entrevistas, formulários, questionários etc.
A indicaç ão do procedimento para a
coleta de dados, que deverá acompanhar o tipo de pesquisa selecionado, isto é:
a)
para pesquisa experimental; indicar o procedimento de
teste;
b)
para a pesquisa descritiva: indicar o procedimento da
observaç ão: entrevista,
questionário, análise documental, entre outros.
Em
suma, há a necessidade da descrição dos métodos a serem empregados na pesquisa,
deixando claro quem, onde, quando e como serão realizados. Questionários,
escalas, roteiros de entrevistas devem ser anexados ao projeto de pesquisa.
6 CRONOGRAMA
(São as etapas da pesquisa,
relacionadas ao tempo utilizado para a realizaç ão
do trabalho/projeto.)
É necessário indicar o cronograma de realizaç ão do trabalho, o que dependerá do tempo disponível
para a realizaç ão da pesquisa. A
pesquisa deve ser dividida em partes, com previsão do tempo necessário para
passar de uma fase a outra. Algumas partes podem ser executadas simultaneamente
enquanto outras dependem das fases anteriores. Assim, o cronograma visa a distribuir
o tempo total disponível para a realizaç ão
da pesquisa, incluindo nesta divisão a elaboraç ão
do relatório final.
Exemplo: Segue uma
sugestão, segundo Santos (2002):
ETAPAS
|
Jul-Ago/XX
|
Set-Out /XX
|
Nov-Dez/XX
|
Jan-Fev/XX
|
Mar-Abr/XX
|
Mai-Jun/XX
|
Levantamento bibliográfico
|
X
|
X
|
|
|
|
|
Realização e envio do projeto de
pesquisa ao CEP
|
|
X
|
|
|
|
|
Coleta de dados
|
|
|
X
|
X
|
|
|
Tabulação de dados
|
|
|
|
|
X
|
|
Redação do trabalho
|
|
|
|
|
|
X
|
Revisão / reda
|
|
|
|
|
|
X
|
7
RESULTADOS ESPERADOS
Os resultados esperados é a forma
concreta em que se espera alcanç ar
os objetivos específicos. Portanto, deve existir uma correspondência muito
estreita entre os mesmos, incluindo sua forma de expressão. Uma sugestão para
diferenciá-los e, ao mesmo tempo, demonstrar essa correspondência é usar tempos
verbais diferenciados para apresentaç ão
dos objetivos.
8
LOCAL (IS) PARA REALIZAÇÃO DA PESQUISA
Descrever o (s) local (is) onde a pesquisa será
realizada. Se a pesquisa for realizada externamente à UMESP, atente para o fato
desta nova instituição de ensino ser uma instituição co-participante (anexar a
declaração de co-participante) ou, não se tratando de instituição de ensino,
anexar a carta de autorização do local para a realização da pesquisa.
9
RESPONSABILIDADE DOS ENVOLVIDOS
Citar os pesquisadores envolvidos no projeto de
pesquisa, detalhando a responsabilidade de cada um na execução do projeto.
10
ORÇAMENTO FINANCEIRO
Todo o orçamento financeiro implícito na pesquisa
deverá ser detalhando, com a indicação da origem do mesmo.
11
ANÁLISE CRÍTICA DOS RISCOS E BENEFÍCIOS
Deverão ser apresentados os benefícios possíveis aos
sujeitos decorrentes da pesquisa. Caso não haja benefícios, isto deverá ser
afirmado pelo pesquisador.
Além disso, há a necessidade de uma análise minuciosa
dos riscos a que os sujeitos de pesquisa estarão expostos, descrevendo o que
será realizado pelo pesquisador para minimizá-los. Adicionado a isto, deverá
ser esclarecido o que será feito diante da ocorrência de um eventual acidente
(se este risco existir).
Se a pesquisa não representar riscos aos sujeitos de
pesquisa, deixe claro neste item.
12
CRITÉRIOS PARA SUSPENDER OU ENCERRAR A PESQUISA
O pesquisador deverá expor os critérios adotados para
suspender ou encerrar a pesquisa. Por exemplo, na ocorrência de efeitos
colaterais numa pesquisa de uso de medicamentos, ou mesmo frente à desistência
ou ausência de comparecimento do sujeito de pesquisa a um tratamento de longa
duração. Estas medidas são de suma importância para a proteção do sujeito de
pesquisa diante de riscos muitas vezes não esperados pelo pesquisador, e que
poderão acontecer durante a execução da pesquisa.
REFERÊNCIAS
As referências bibliográficas deverão
ser feitas de acordo com as normas da ABNT.
BARRETO,
Alcyrus Vieira Pinto; HONORATO, Cezar de Freitas. Manual de sobrevivência na selva acadêmica. Rio de Janeiro: Objeto
Direto, 1998.
FACULDADE
CENECISTA DE VARGINHA. Curso de Economia
- Matéria: Metodologia da Pesquisa Cientifica
Prof.º Alexandre Soriano aula 02
- Fonte: Prof. Cristiano Reis – PUC- Poç o
de caldas - MG
SANTOS, Rodrigo Mendes dos. As comissões de conciliaç ão prévia como meio alternativo à jurisdiç ão estatal para a soluç ão
dos conflitos trabalhistas. 2002. 15 f . Projeto de pesquisa apresentado ao curso
de Direito, Universidade do Sul de Santa Catarina, Palhoç a,
SC.
VENTURA, Deisy.
Monografia jurídica. Porto Alegre:
Livraria do Advogado, 2002.
Apêndices são elementos pós-textuais, que
complementam o projeto, elaborados pelo próprio pesquisador. Podemos trazer
como exemplos os questionários, formulários da pesquisa ou fotografias.
Os anexos são textos elaborados por outras
pessoas e não pelo pesquisador. Como exemplo temos: mapas, plantas documentos
originais e fotografias tiradas por outros.
Só devem
aparecer nos projetos de pesquisa anexos extremamente importantes:
·
Os
apêndices localizam-se após as referências e os anexos, após os apêndices, se
houver. Seus critérios de apresentaç ão
são:
·
são
numerados individualmente com algarismos arábicos (quando há apenas um apêndice
e/ou anexo, estes não devem ser numerados);
· cada apêndice
e/ou anexo pode ser antecedido por uma página de rosto, na qual devem constar,
escritos em letras maiúsculas estilo normal e centralizados na 13ª linha do
texto, a palavra APÊNDICE e/ou ANEXO, seguida do número de ordem, de um
hífen entre espaç os correspondentes
a uma letra, e do respectivo título;
·
cada
anexo e/ou apêndice inicia-se em página distinta;
·
na
página de rosto do anexo recomenda-se incluir elementos que identifiquem a
fonte da qual foi extraído o conteúdo do anexo (autor, título,local e data);
[1] Bibliotecária do Serviç o
de Referência Campus Rudge Ramos, Bibliotecária de Sistemas, em Biblioteconomia, Pós-graduada em. Neurolinguistica.
Atua na Biblioteca há 23 anos.
2 Coordenadora do Comitê de Ética em Pesquisa em seres
humanos da UMESP