História
de Mato Grosso do Sul
Página
sobre a história do estado brasileiro de Mato Grosso do Sul. O maior evento
histórico que ocorreu nas terras do atual estado foi a Guerra do Paraguai, nas
quais os exércitos Brasileiro, Argentino e Uruguaio combateram juntos os
Paraguaios, esse combate praticamente destruiu o Paraguai, potência econômica
durante o período da guerra (Século XIX).
Índice
[esconder]
1 Etimologia
2 Primórdios
3 Brasil Império: povoamento e disputas de
território
4 A Guerra do Paraguai
5 Constrastes de colonização no pós-guerra
6 A Erva Matte
7 O advento da Estrada de Ferro Noroeste do
Brasil
8 A Marcha para o Oeste
9 A Divisão
10 Fortificações
11 Ver também
12 Referências
13 Ligações externas
Etimologia
A origem do termo Mato Grosso é incerta,
acredita-se que o seja originário da palavra guarani Kaagua'zú (Kaa bosque,
mata e Guazú grande, volumoso), que significa literalmente Mato Grosso.[1]
Linguisticamente, o nome Mato Grosso do Sul se
faz acompanhar por artigo definido, como acontece com nomes geográficos
derivados de termos genéricos: "o Mato Grosso do Sul", "o Rio de
Janeiro", "o Espírito Santo". Entretanto, este uso é contestado
e há quem prefira eliminar o artigo definido: "em Mato Grosso".
Primórdios
A ocupação humana do estado de Mato Grosso do
Sul iniciou-se por volta de 10.000 A.C. através dos primeiros habitantes
indígenas, ancestrais dos ameríndios contemporâneos Guaranis, Terenas, Caiouás e Caiapós, tendo, através dos anos, novos
povos se estabelecido na região, como por exemplo os Ofaiés.
A corrida pela prata no Peru Corre Mato Grosso
Já
a partir do descobrimento da América, iniciou-se uma corrida para essa região,
após a riqueza do Império Inca, no Peru,
ter sido feito famosa por Pascual de Andagoya. Na década de 1510, Juan Díaz de
Solís tentou alcançar aquele império pelo estuário do Rio da Prata, mas sua
tentativa foi fracassada.
Na década seguinte, no ano de 1524, foi a vez
de Aleixo Garcia, um português sobrevivente da expedição de Solís, tentar sua
sorte. Seguindo a lenda do "Rei Branco", contada a ele por índios
guaranis quando acompanhava Solís, Aleixo Garcia passou dez anos juntando
homens e recursos para visitar o território. Foi, assim, o primeiro europeu a
pisar em solo sul-matogrossense, o qual
alcançou pelo Rio Paraguai, atingindo a região onde hoje está a cidade de
Corumbá. Aleixo Garcia, no entanto, foi frustrado em alcançar o Império Inca,
pois foi assassinado por índios em território paraguaio.
Foi Francisco Pizarro quem conquistou e
destruiu o império dos Incas, o qual alcançou vindo do norte, e não pelo
estuário do Prata, como Solís e Garcia haviam tentado. De qualquer maneira,
aventureiros continuavam tentando fazer o percurso através do Rio Paraná.
Nos anos de 1537 e 1538, o espanhol Juan
Ayolas e seu acompanhante Domingos Martínez de Irala também estiveram na região
de Corumbá, navegando pelo rio Paraguai, e denominaram Puerto de los Reyes à
lagoa Gayva. Por entre 1542 e 1543, Álvar Núñez Cabeza de Vaca, aventureiro
espanhol, também por Corumbá passou para seguir para o Peru. Outro visitante
foi o governador de Assunção, Domingos Martínez de Irala, que marchou até os
Andes.
Tentativas de povoamento - a comunidade de
Xerez e os jesuítas
Em
1579, foi fundada a comunidade de Xerez, nas proximidades dos rios Miranda e
Aquidauana. Esse povoamento, no entanto, foi destruído pelos índios Guaicurus.
Na década de 1610 uma missão jesuítica já se
expandia de Assunção, no Paraguai, ao sul de Mato Grosso, tendo aldeado as
comunidades indígenas do Itatim em território sul-matogrossense. Apoiada pela
Espanha e pela Igreja Católica, a intenção era assegurar o controle do vale do
Rio Paraguai e articular as missões do Itatim com as de Mojos e Chiquitos, de modo
a assegurar proteção ao altiplano das minas na atual Bolívia. Ao longo das
décadas de 1630 e 1640, no entanto, estas missões foram brutalmente destruídas
pelos bandeirantes,[2] tendo partido de Antônio Raposo Tavares, em novembro de
1648, o golpe final.
Grande parte da região do atual Mato Grosso do
Sul era conhecida pelo termo guarani Itatim (pedra branca). No local houve duas
reduções jesuíticas ligadas ao Colégio Jesuítico de Assunção (1598) com a
finalidade de converter e reduzir os índios itatines, falantes da língua
Guarani. As reduções foram denominadas de Nossa Senhora da Fe e Santiago de
Caaguaçu. A duração da missão do Itatim foi curta e estendeu-se entre 1631 e
1659, época em que os constantes ataques das expedições escravistas de
paulistas, posteriormente chamadas de bandeiras, concentraram-se na região
abaixo do rio Apa, para facilitar a defesa.[3]
De fato, a região sudoeste do atual estado de
Mato Grosso do Sul por longos anos esteve sob a influência espanhola. Quanto ao
restante do estado, desenvolvia-se muito lentamente, principalmente devido às
dificuldades de comunicação com o restante do país, apesar de, desde 1617, a
região leste sul-matogrossense ter recebido visitas de bandeirantes paulistas,
e de em 8 de abril de 1719 ter sido criada Cuiabá. O sul matogrossense era uma
área de difícil acesso, para não se dizer isolada, e suas cidades do período
colonial foram se fundando lentamente.
O Rio Miranda.
Na
atual área de Coxim, nasceu em 1729, sob o nome de Belliago, alcunha de seu
fundador, um povoado que servia de apoio às monções que iam de São Paulo ao
norte de Mato Grosso. Anos mais tarde, visando a um tratado de limites
existente, foi fundado pelos espanhóis, em 1774, um povoado na foz de Ipané, e
em 13 de setembro de 1775 foi oficialmente fundado o Forte Coimbra para a
defesa da região.
Ainda na década de 1770, o Capitão João Leme
do Prado, ao desbravar os rios Miranda e Aquidauana, encontrou as ruínas da
antiga comunidade de Xerez. Seguindo ordens do Capitão Caetano Pinto de Miranda
Montenegro, governador da então capitania de Mato Grosso, fundou lá, em 16 de
julho de 1778, os alicerces do Presídio Nossa Senhora do Carmo do Mondego, mais
tarde conhecido por Presídio de Miranda. Miranda, o povoado que nasceu aos pés
da fortificação e que levava o nome de Presídio
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