domingo, 24 de fevereiro de 2013

9º ANOS - HISTÓRIA - E.E. ARLINDO GOMES DE ANDRADE 2013

9º ANOS – AULA 01 – E.E. ARLINDO GOMES DE ANDRADE PROF: LUIZ CARLOS Implantação da REPÚBLICA A re­volução republicana de 1910 foi o culminar de um longo processo re­volucionário que visava a conquista do poder, enquanto as instituições monárqui­cas vinham, desde 1906, perdendo gra­dualmente a sua importância e cre­dibilidade. O Partido Republicano, ape­sar de não ter a maioria, destacava-se pelo seu vigor e espírito de iniciativa, de­terminando quais as questões a serem dis­cutidas e tratadas, sendo visível o seu antagonismo em relação a tudo o que viesse do lado monárquico. Desde 1890 que os problemas nacionais eram estuda­dos apenas pelo seu lado político, pondo-se de parte o aspecto económico e social. Tudo era no entanto mais grave, havia a considerar a crise de 1891, o modo pouco satisfatório como a monar­quia tratava as questões ultramarinas, o problema dos tabacos, a conversão dos empréstimos externos; mais tarde, em 1902, sobreveio a questão dos adianta­mentos à família real e o sufrágio res­trito. Os republicanos propunham acções a curto prazo, expondo soluções a partir do aspecto político mas não esquecendo os outros. Os portugueses convenceram-se então que os monárquicos eram inca­pazes de resolver os problemas existentes e que era necessário encontrar outros di­rigentes. Os partidos monárquicos não conseguiram apresentar as suas próprias alternativas, contribuindo assim involunta­riamente para o crescimento do Partido Republicano, que a pouco e pouco ganha simpatizantes mesmo entre os espíritos que se sentiam mais fiéis à monarquia. Era afinal um partido no governo que apontava soluções concretas e possíveis. Em 1908, falha a primeira tentativa de revolução republicana, mas são mortos o rei e o príncipe herdeiro. A tragédia não evitou que a simpatia e adesão se mani­festassem nas eleições do mesmo ano, em que os votos dos republicanos aumenta­ram 1/3. O processo que leva à procla­mação da República, em 5 de Outubro de 1910, desenrola-se em quatro planos distintos: o eleitoral, o de rua, o conspira­tivo civil e o conspirativo militar, mas o Governo não tem poderes para atacar e dominar os conspiradores e de todos os que colaboram no complexo movimento que sai vitorioso, quando acaba por con­quistar a direcção do Estado.

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